Polícia Civil cumpre 70 mandados contra facção criminosa ligado ao tráfico de drogas em Primavera do Leste
As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Primavera do Leste contra alvos residentes no município.
Publicado em 29/08/2025 Por Aqui Agora
(Repórter Bony Araújo )
A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Primavera do Leste, deflagrou nesta sexta-feira (29.8) a segunda fase da Operação Sentinelas, para cumprir 70 ordens judiciais, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa fortemente estruturada, responsável pelo tráfico de drogas, associação criminosa e pelo monitoramento das forças de segurança na região.
São cumpridos na operação, 20 mandados de prisão preventiva, 35 mandados de busca e apreensão domiciliar, e 15 medidas cautelares diversas da prisão, incluindo o uso de monitoramento eletrônico (tornozeleira). As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Primavera do Leste contra alvos residentes no município.
A ação conta com a participação de mais de 100 policiais civis da Diretoria Metropolitana, Diretoria de Atividades Especiais (DAE) e Diretoria do Interior.
A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 15 de julho, quando diversos membros da facção criminosa foram alvos de mandados judiciais, após investigações conduzidas pela Derf de Primavera do Leste que revelaram a existência de uma estrutura criminosa local com vínculo direto com a facção criminosa, responsável por fomentar o tráfico de drogas e exercer vigilância sistemática sobre regiões estratégicas da cidade, com o objetivo de importar domínio territorial.
Origem das investigações
O trabalho investigativo teve início em novembro de 2024, após a deflagração da Operação Dupla Aliança, quando foram apreendidos celulares e outros elementos que revelaram a existência de um grupo criminoso organizado para o tráfico de drogas na Primavera do Leste.
Com o avanço das investigações, foi possível identificar um grupo criminoso com mais de 70 integrantes, que atuava de forma estruturada e hierarquizada para coordenar pontos de venda de drogas, conhecidos como “lojinhas”; gerenciamento da distribuição de entorpecentes; cobrar taxas dos traficantes locais; manter o controle territorial; e monitorar em tempo real as ações das forças de segurança pública, funcionando como “olheiros do tráfico”.
As análises dos celulares revelaram o uso de linguagens típicas, registros internos de membros da facção, além de práticas de evasão como a destruição de celulares em caso de participação.
Dentre os membros do grupo de investigação identificados, 36 foram participantes de forma ordenada e organizada para gerenciar pontos de venda de drogas, cobrar taxas de traficantes (lojistas), distribuir entorpecentes, grande parte deles com extensas fichas criminais.
“Com a deflagração da operação, a Polícia Civil busca enfraquecer a estrutura criminosa local, atingindo desde a liderança até os membros responsáveis ??pela execução das atividades ilícitas”, disse o delegado responsável pelas investigações, Rodolpho Bandeira.
A ação integra o planejamento estratégico da Polícia Civil, por meio da operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero, do Governo de Mato Grosso, que tem intensificado o combate às facções criminosas em todo o Estado.
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