Mais de 440 garrafas de bebida alcoólica destilada falsificada ou de origem ilícita foram apreendidas pela Polícia Civil, na manhã desta sexta-feira (25.7), em ação conjunta realizada com o Procon Estadual e a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), no Shopping Popular de Cuiabá.
Quatro pessoas, proprietárias de estabelecimentos onde os produtos eram comercializados, foram presas em flagrante por crime contra a saúde pública. Dois dos presos também responderão pelo crime de descaminho.
Após denúncia da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), uma equipe da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) iniciou uma investigação que acordos com quatro empresas localizadas no shopping popular em Cuiabá, que estavam comercializando bebida alcoólica destilada, especialmente uísque, com compromissos de falsificação do produto.
Com base nos elementos apurados, os policiais da Decon com auxílio de fiscais do Procon Estadual de Mato Grosso e os peritos ad hoc da Abrabe realizaram uma ação conjunta no local, que descobriram na apreensão de 444 garrafas de bebida ilegal, sendo 379 com declarações de produto falsificadas e 65 que foram importados de forma ilegal, sendo objeto e descaminho.
Os produtos expostos nas quatro casas bancárias alvos da operação foram apresentados em garrafas e/ou rótulos originais, utilizados indevidamente, enquanto outros eram falsificados.
Segundo o delegado da Decon, Rogério Ferreira, aos olhos de uma pessoa leiga, os produtos poderiam ser facilmente confundidos com bebidas originais, porém pode-se observar que os selos de IPI, tampas e invólucros divergiam do padrão autêntico das marcas originais, além de outros não verificados nos produtos expostos.
"É um crime. Como muitos produtos apresentados em garrafas originais, o reenvase de bebidas seletivas falsificadas é normalmente realizado em condições sanitárias precárias para a saúde pública, podendo causar problemas graves de saúde como doenças estomacais, cegueira e até mesmo a morte de quem consome o produto", disse o delegado.
Os responsáveis pela venda do material ilícito foram prorrogados à Decon, interrogados e autuados em flagrante por crime contra a saúde pública com pena que pode chegar a 8 anos de prisão e multa e por crime de descaminho com pena de até 4 anos de prisão.